Os recursos tecnológicos são cada vez mais utilizados em nossas vidas. E isso não é diferente no saneamento básico. Da mesma maneira como ocorre em outros setores da sociedade, essa área também é beneficiada com o advento da internet, da ciência, da tecnologia e os seus desdobramentos.
A tecnologia no saneamento pode trazer diversos benefícios como: melhoria na qualidade, nos processos, meio ambiente e saúde pública, identificação mais precisa de possíveis ocorrências, além da ampliação do acesso ao saneamento básico.
Em Rio Claro, a BRK Ambiental - empresa responsável pelos serviços de esgoto no município - utiliza constantemente diversas tecnologias para garantir à população acesso aos serviços de esgotamento sanitário, seja na coleta, no afastamento ou no processo para o tratamento do esgoto.
Dentre as tecnologias utilizadas na cidade, está o sistema Nereda® de tratamento de esgoto. Um método revolucionário desenvolvido pela Universidade de Tecnologia de Delft, na Holanda, que já rendeu à BRK Ambiental o Prêmio Valor Inovação Brasil 2019, na categoria Infraestrutura. O sistema também foi eleito o melhor avanço em tecnologia em saneamento da última década pela Global Water Inteligence, principal publicação mundial sobre saneamento.
Em Rio Claro, essa tecnologia é aplicada na Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) Jardim Novo, a maior e mais recente unidade operacional da empresa.
O sistema Nereda® é um método de tratamento através de lodo granular aeróbio que tende a ser mais sustentável e eficiente. Ele dispensa a adição de produtos químicos e, do ponto de vista construtivo, ocupa menos da metade da área necessária para infraestruturas tradicionais de tratamento de esgoto.
A planta de Rio Claro é a segunda do Brasil e a primeira no estado de São Paulo a operar com essa nova tecnologia. Com capacidade para receber o esgoto de uma região com mais de 80 mil habitantes e tratar em média 272 litros de esgoto por segundo, a ETE Jardim Novo opera com níveis de tratamento superiores aos de outras soluções aplicadas.
O gerente de operações da BRK Ambiental, Alexandre Leite, explica que as exigências ambientais, cada vez mais rigorosas, tem demandado processos de tratamento também cada vez mais complexos e eficazes. “Com a adoção dessa nova tecnologia em Rio Claro, demos um importante salto em inovação e qualidade do esgoto tratado. Todos os processos biológicos, que em outros sistemas ocorrem separadamente, neste método acontecem simultaneamente e, o mais importante, com atendimento a todas as eficiências legais de meio ambiente”, destaca.
Toda a tecnologia empregada e o trabalho de operação nas Estações de Tratamento de Esgoto (ETEs) em Rio Claro tem sido foco de grande interesse acadêmico e de mercado. Só no ano passado, universitários da UFT (Universidade Federal do Tocantins), da USP (Universidade de São Paulo) e da UNESP (Universidade Estadual Paulista), além de profissionais e empresas dos estados de Pernambuco, Ceará, Bahia, Espírito Santo e Rio Grande do Sul, e municípios paulistas, visitaram a ETE Jardim Novo em busca de conhecimento prático sobre a nova tecnologia já empregada.