16 de Outubro de 2018

A BRK Ambiental, empresa responsável pelos serviços de saneamento de Limeira, investirá R$ 120 milhões no município nos próximos 5 anos. Esse montante será aplicado em melhorias no sistema de abastecimento de água com a ampliação e modernização da Estação de Tratamento de Água e a construção de novos reservatórios e adutoras, com o objetivo de atender ao crescimento do município.

Na área de esgoto, os investimentos se referem à implantação de um sistema de tratamento em nível terciário, na principal estação de tratamento do município, a ETE Tatu, responsável pelo tratamento de cerca de 80% do esgoto coletado na cidade.

A concessão

Limeira foi o primeiro município do país a fazer uma concessão do serviço de Saneamento Básico à iniciativa privada, em 1995, quando apenas 2% do esgoto coletado na cidade era tratado. De lá para cá, a empresa já investiu cerca de R$ 300 milhões, que possibilitaram elevar a capacidade de tratamento de esgoto para 100%. Além disso, o município é referência quando se trata do controle de perdas de água com um índice de 17%, sendo que a média nacional é de 40%. É o menor índice do país.

Saneamento e saúde

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou na segunda quinzena de setembro os dados coletados pela Pesquisa de Informações Básicas Municipais - Munic, que nesta edição abordou os principais aspectos da gestão do saneamento básico nas 5.570 cidades do País. Segundo o levantamento, apenas 41,5% dos municípios brasileiros dispunham de um Plano Nacional de Saneamento Básico em 2017, e 38,2% tinham uma Política Municipal de Saneamento Básico. 

O resultado da falta de planejamento se reflete na saúde: um em cada três municípios relata a ocorrência de epidemias ou endemias provocadas pela falta de saneamento básico.  Limeira está entre as cidades que dispõem de um plano estruturado e investimentos para a setor.

Segundo estudo realizado pelo Trata Brasil, uma cidade saneada, ou seja, com acesso universal a água e esgoto, tem, em média, 17 internações por diarreia por ano para cada 100 mil habitantes. Já as cidades sem acesso a estes serviços, a média é de 111 internações para cada 100 mil habitantes.