14 de Dezembro de 2022
Com a Busca Ativa Escolar será possível a identificação, (re)matrícula, e acompanhamento de crianças que abandonaram a escola
Mais de 2 milhões de crianças e adolescentes estão fora da escola em 2022 no Brasil. O número é do Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), que está iniciando a implantação da Busca Ativa Escolar (BAE), em parceria com a BRK, nos 13 municípios da Região Metropolitana de Maceió.
Seguindo a estratégia ESG (sigla em inglês para as diretrizes Ambiental, Social e Governança), a concessionária de água e esgoto da Grande Maceió está investindo R$3 milhões no trabalho realizado pelo UNICEF em torno de crianças e adolescentes fora da escola ou em risco de abandono.
A inciativa atuará nos próximos três anos realizando a identificação, até a tomada das providências necessárias para seu atendimento nos diversos serviços públicos, sua (re) matrícula e sua permanência na escola.
Por meio da Busca Ativa Escolar, municípios e estados têm dados concretos que possibilitarão planejar, desenvolver e implementar políticas públicas que contribuam para a garantia de direitos de meninas e meninos em idade escolar.
De acordo com Fernando Mangabeira, diretor presidente da BRK em Alagoas, o saneamento básico é o ponto de partida para a transformação da vida das pessoas, e o apoio ao trabalho do UNICEF possibilitará um melhor planejamento e implementação de políticas públicas que garantirá a permanência das crianças na escola.
“A BRK está ciente da sua responsabilidade enquanto prestadora de um serviço essencial que impacta diretamente na educação. E é por isso que o projeto estará nos 13 municípios que operamos em Alagoas, realizando a busca e acompanhamento das crianças que não estão frequentando a escola”, destacou Fernando.
Segundo Verônica Bezerra, especialista em educação do UNICEF, o trabalho de Busca Ativa tem o foco em trazer de volta estudantes que abandonaram a escola, como também cuidar para aqueles que estão matriculados não desistam.
“Esse trabalho nos faz desenvolver o olhar e buscar entender os motivos para essa evasão e trabalhar, baseado em dados e fatos, para enfrentar esse abandono. Então, além de buscarmos quem deixou a escola, nós articulamos toda uma rede de proteção para garantia dos diretos à educação, acolhemos e cuidamos desses estudantes”, explicou Verônica.
Texto: Roberta Meyce