13 de Março de 2019
Evento reúne representantes governamentais, especialistas e ativistas de diferentes regiões do globo
A presidente da BRK Ambiental, Teresa Vernaglia, foi a Nova Iorque para participar da Comissão sobre a Condição Jurídica e Social da Mulher (CSW, na sigla em inglês), na ONU. O evento trata dos avanços na igualdade de gênero, focando, neste ano, nos sistemas de proteção social, no acesso aos serviços públicos e à uma infraestrutura sustentável para a igualdade de gênero e o empoderamento das mulheres.
Na sexta-feira, o estudo inédito da BRK Ambiental em parceria com o Instituto Trata Brasil será apresentado no evento. Segundo o “Saneamento e a Vida da Mulher Brasileira”, a falta de saneamento básico tem impactos negativos para toda a sociedade, e o problema é um dos fatores que reforçam a desigualdade de gênero no Brasil. Os dados da pesquisa mostram que uma em cada quatro mulheres não tem acesso adequado à água tratada, coleta e tratamento dos esgotos. A universalização dos serviços tiraria imediatamente 635 mil mulheres da pobreza, a maior parte delas negras e jovens.
Teresa Vernaglia, presidente da BRK Ambiental, destaca que a pesquisa mostra a dupla jornada praticada pela maior parte das mulheres no Brasil e o peso que a falta de saneamento tem nessa rotina. “No Brasil é a mulher que cuida dos afazeres domésticos. É ela quem cozinha e é quem se ausenta do trabalho para levar o filho no posto de saúde. Portanto, a falta de saneamento afeta diretamente a sua vida em diversas esferas, com impactos inclusive na sua mobilidade socioeconômica. São informações impactantes dada a importância da autonomia financeira para a igualdade de gênero e para o empoderamento da mulher, previstos no Objetivo de Desenvolvimento Sustentável 5 da Agenda 2030 da ONU”, afirma. “Parte da transformação dessa realidade depende de investimentos e do compromisso das empresas com a universalização de água e esgoto”, completa Teresa.
O Plano Nacional de Saneamento Básico (PLANSAB), lançado em 2013 pelo Governo Federal, prevê alcançar a universalização do abastecimento de água e da coleta e tratamento de esgoto até 2033, mas o país não tem conseguido investir o suficiente nos últimos 11 anos. Para cumprir esta meta, estudos do setor mostram que o Brasil necessitaria de investimentos da ordem de R$ 20 bilhões por ano contra os R$ 11,5 bilhões investidos em 2016.
Na quinta-feira, a presidente da BRK Ambiental também participa de uma mesa redonda com CEOs para debater os impactos trazidos pelos movimentos #MeToo e #TimesUp para a questão do empoderamento feminino. O objetivo é buscar compreender a resistência às ações de inclusão e diversidade de gênero que surgiram em resposta a essas inciativas e identificar meios de enfrentá-las.