Os recursos tecnológicos são cada vez mais utilizados em nossas vidas. E isso não é diferente no saneamento básico. Da mesma maneira como ocorre em outros setores da sociedade, essa área também é beneficiada com o advento da internet, da ciência, da tecnologia e os seus desdobramentos.
A tecnologia no saneamento pode trazer diversos benefícios como: melhoria na qualidade, nos processos, meio ambiente e saúde pública, identificação mais precisa de possíveis ocorrências, além da ampliação do acesso ao saneamento básico.
Em Rio Claro, a BRK Ambiental, responsável pelos serviços de esgoto no município, utiliza constantemente diversas tecnologias para garantir à população acesso aos serviços de esgotamento sanitário, seja na coleta, no afastamento ou no processo para o tratamento do esgoto.
Dentre as tecnologias utilizadas na cidade, está o processo de desinfecção por radiação ultravioleta (UV). Um sistema que consegue eliminar ou controlar vários microorganismos nocivos – vírus, protozoários e outros – na fase final do tratamento do esgoto.
Na prática, e resumidamente, o sistema de desinfecção por raios ultravioletas transfere energia eletromagnética de lâmpadas específicas de alta tecnologia para um organismo de material genético (DNA e RNA). Essa luz germicida ultravioleta altera e inativa o DNA dos microorganismos nocivos em até 99,9% não permitindo mais que se reproduzam. Os principais tipos de bactérias e vírus eliminados por este método são os que causam cólera, febre tifoide, diarreia e outras doenças de veiculação hídrica.
O gerente de operações da BRK Ambiental, Alexandre Leite, explica que esse processo é muito mais limpo, seguro e eficaz que outros métodos de desinfecção. “Essa tecnologia não gera subprodutos nocivos aos seres vivos e resulta em uma redução acentuada da patogenicidade dos esgotos tratados, que são devolvidos ao meio ambiente com alta eficiência e maior segurança, principalmente neste período de maiores cuidados com a saúde pública”, afirma.
A etapa de desinfecção por radiação ultravioleta ocorre no tratamento terciário de uma estação de esgoto, sendo considerada a lapidação final do processo. Em Rio Claro, a tecnologia está disponível nas Estações de Tratamento de Esgoto (ETE) Jardim Novo e Conduta, as duas maiores unidades em operação no município. A primeira com capacidade para tratar em média 272 litros de esgoto por segundo, enquanto a segunda trata em média 161 litros de esgoto por segundo; sendo responsáveis, respectivamente, pela despoluição do Córrego da Servidão e do Ribeirão Claro.