O município de Sumaré é um dos 20, dentre os 100 de maior população no país, que mais reduziu o índice de perdas de água nos últimos cinco anos (entre 2017 e 2021). É o que mostra uma pesquisa divulgada pelo Instituto Trata Brasil que traça um panorama do indicador no país a partir de dados do SNIS 2021.

O estudo revela que o município conseguiu reduzir em 12,25 pontos percentuais o volume de água desperdiçado na distribuição – em 2017, o índice era de 48,53% e caiu para 36,28% em 2021, abaixo da média nacional que é de 40,25%.

O resultado é fruto de um trabalho contínuo que a BRK, concessionária responsável pelos serviços de água e esgoto, executa na cidade e que já reflete nos anos seguintes à pesquisa. 

Em quase oito anos de atuação, a quantidade de água que deixou de ser desperdiçada em Sumaré chega a mais de 7,1 bilhões de litros – o equivalente a 2.840 piscinas olímpicas. Esse volume seria suficiente para abastecer 1.188.275 pessoas por um mês ou 97.666 pessoas por um ano.
“Estamos evoluindo no que diz respeito ao combate às perdas de água tratada no município. É uma grande satisfação para a concessionária ver que os esforços empreendidos e o planejamento traçado têm apresentado bons resultados. A meta sempre será ter o mínimo de perda de recurso hídrico, algo que reflete diretamente na preservação do meio ambiente e, claro, na qualidade de vida da população”, afirma Rodrigo Zangirolami, gerente de operações da BRK em Sumaré.  

Ações para redução das perdas
Desde o início da concessão, em junho de 2015, até dezembro de 2022, foram cerca de R$ 29 milhões investidos na redução das perdas de água na cidade pela BRK.

Durante esse período, foram diversas as ações realizadas como a implantação, em 2019, de uma tecnologia inglesa que permite a setorização do abastecimento por meio de Distritos de Medição e Controle (DMCs), pelos quais redes específicas são designadas para abastecer cada região do município. Isso permite uma melhor gestão e controle na distribuição. Atualmente são 45 setores em Sumaré, dos quais um foi implantado no primeiro trimestre deste ano.  

Além disso, segue de forma ininterrupta o trabalho de pesquisa de vazamentos não visíveis nas redes e ramais de distribuição de água, com o uso de equipamentos que detectam vazamentos por meio de ruídos e vibrações e que só no ano passado resultou em 625 ocorrências identificadas e reparadas. Para atingir este resultado, a equipe percorreu cerca de 915,8 quilômetros de redes. 
  
Além da detecção e reparo dos vazamentos invisíveis, outras medidas adotadas contemplam a instalação de hidrômetros e válvulas reguladoras de pressão para gestão do sistema de distribuição de água e a substituição de redes antigas por de materiais mais novos e resistentes.  
  
Ações em 2023   
O planejamento para 2023 segue sendo executado e inclui a manutenção das atividades de hasteamento noturno para a identificação de vazamentos não visíveis, a formação de três novos DMCs, a substituição de quatro quilômetros de redes e de mil ligações de água, além da instalação de dois novos macromedidores - equipamentos que apontam o volume de água que entra em um setor e comparam ao consumo medido pelos hidrômetros individuais para mapear a ocorrência de vazamentos.  
  
“Temos nos dedicado ao planejamento e à adoção de ações práticas eficazes para o combate de perdas. Continuaremos trilhando esse caminho em busca de resultados ainda melhores”, completa Zangirolami.